About the 4th edition
The New Dramaturgy Award for Female Authorship aims to promote, recognize and publicize female-authored dramaturgy in Portuguese and is aimed at all natural persons, of legal age, who identify with the female gender, whether cisgender or transgender.
This award aims to promote, recognize and disseminate drama written by women in Portuguese. The competition is open to all natural persons, of legal age, who identify with the female gender, whether cisgender or transgender, and who want to propose an unprecedented and never-before-performed dramaturgical work.
After receiving the applications and analyzing them by the jury - Ana Bigotte Vieira, Cucha Carvalheiro and Jorge Palinhos - three finalists will be selected and will have the opportunity to participate in a mentoring process and eventual improvement of the texts, with the support of each member of the jury.
In October we will find out about the winning work, which will be awarded a monetary value of €750 and included in the program of the 8th season of the Festim of readings of theater texts - This night screams, which takes place from October to December 2024 , in addition to being published as a book, through a partnership with the publisher Douda Correria.
In its first three editions, the award received more than 350 applications from several Portuguese-speaking countries, with the 2023 edition closing with a flourish, with the award ceremony and reading of the text, at the Calouste Gulbenkian Foundation, in early December.
Sofia Perpétua won the 3rd edition of the New Dramaturgy Award for Female Authorship, with the play "Tanque". Maria Giulia Pinheiro was the winner of the 2nd edition, with the work “ Isso não é Relevante ”, in 2022 and Lara Mesquita won the 1st edition, with “ Nunca que Segundo ”, in 2021.
O júri desta edição é composto por Ana Bigotte Vieira, Cucha Carvalheiro e Jorge Palinhos.
Foram recebidas um total de 89 candidaturas provenientes de países falantes da língua portuguesa, das quais 86 eram elegíveis. Deste total, após um primeiro período de seleção e análise, o júri escolheu três finalistas e, entre junho e agosto deste ano, apoiou, em regime de mentoria, cada uma das finalistas num processo de discussão e melhoria do texto proposto com o objetivo de o consolidar.
As três finalistas desta edição foram: Belisa Branças, com Das Cinzas ou das Brasas, Luz Ribeiro, com Lacuna e Telma Fernandes, com “Papel Passado”. A seleção das peças finalistas pelos três membros do júri foi unânime, valorizando-se a qualidade dramatúrgica, o caráter inovador e o potencial de melhoria, para além do abordar de temáticas atuais e relevantes.
O júri selecionou para o Prémio Nova Dramaturgia de Autoria Feminina de 2024 a peça Lacuna, de Luz Ribeiro e decidiu atribuir menções honrosas às outras duas peças finalistas.
Sobre o texto vencedor escreve o júri:
"Lacuna é então, e entre outras coisas, um longo poema-reflexão sobre uma avó negra vista aos olhos da infância e teorizada hoje, à luz de um presente que não se quer passado, e, como tal, necessariamente anti-racista. Para que possa haver futuro.
O texto interpelou-nos não apenas pela força e expressividade da escrita, visível logo nas primeiras linhas, como pelo imaginário a que alude e a justeza do dispositivo teatral que propõe, em que se sente uma progressão clara na narração de uma história, acompanhada de uma metareflexão sobre a mesma, a partir do lugar de fala da autora hoje.
Ao que se junta o modo sensível como a experiência da negritude, da doença, da velhice e da infância são tematizados - num momento em que é mais do que nunca urgente dar lugar a imaginários que tais, longamente invisibilizados."
A vencedora recebe um prémio pecuniário no valor de 750€ e o seu texto será publicado em livro numa edição Cepa Torta em parceria com a editora Douda Correria, cujo lançamento ocorre a 14 de dezembro de 2024, na Fundação Calouste Gulbenkian, juntamente com a sua leitura pública que se repetirá no dia 15 de dezembro, integrada na programação do festim. A leitura será novamente realizada a 19 de dezembro na Biblioteca Municipal de Faro.
No total das quatro edições do Prémio foram recebidas pela organização mais de 430 candidaturas provenientes de vários países de língua portuguesa. Na presente edição, cerca de 60% dos textos eram de autoras de nacionalidade portuguesa, sendo a brasileira a segunda mais representada com 34%.
Sofia Perpétua venceu a 3ª edição do Prémio Nova Dramaturgia de Autoria Feminina, com a peça "Tanque". Maria Giulia Pinheiro foi a vencedora da 2ª edição, com a obra “Isso não é Relevante”, em 2022 e Lara Mesquita venceu a 1ª edição, com “Sempre que Acordo”, em 2021.
Conheça o nosso Júri
Nesta 4º edição do Prémio Nova Dramaturgia de Autoria Feminina temos o prazer de ter connosco três personalidades com um reconhecido percurso na área da dramaturgia. Conheça um pouco mais sobre cada um deles, lendo as respetivas biografias.
The New Dramaturgy Award for Female Authorship aims to promote, recognize and publicize female-authored dramaturgy in Portuguese and is aimed at all natural persons, of legal age, who identify with the female gender, whether cisgender or transgender.
This award aims to promote, recognize and disseminate drama written by women in Portuguese. The competition is open to all natural persons, of legal age, who identify as female, whether cisgender or transgender, and who want to propose a Unpublished and never performed dramaturgical work.
According to the International Center for Women Playwrights, an NGO dedicated to encouraging the work of women playwrights, 70% of the plays produced annually in the world are by men. When it comes to publishing works, the number drops even further - in Portugal we estimate that less than 15% of the texts edited are by women. This panorama in no way favors the diversity and richness of artistic production, hindering the innovation brought by the female gaze of female creators who, without adequate stimulus, continue to be far from the circuits necessary for the dissemination of their works. In the artistic direction of Esta Noite Scream, we have had difficulty balancing the authorial genre because the choice options are very limited when it comes to female playwrights. Only by encouraging creation will it be possible to change this reality and ensure that more women artists take risks and publish their work.
Here are some useful links for those who want to delve a little deeper into this topic:
https://www.womenarts.org/not-even/not-even-impact-of-playwrights-gender/
https://lafpi.com/the-facts/#10
https://www.womenplaywrights.org/The-Challenge
Some relevant data
Companhia Cepa Torta and the Festival of interpreted readings of theater texts - Esta noite grita-se are supported by the Portuguese Republic – Culture / Directorate-General for the Arts